Apesar de apontar que houve queda no índice geral de propensão à fraude (de 41% para 24% entre 2004 e 2010) Faria confirma a tese de que o mercado brasileiro não está bem preparado para identificação precisa das ações de consumidores que agem de má-fé.
"Um dado chama a atenção: o baixo percentual de fraudes detectadas e comprovadas no Brasil relativamente aos sinistros retidos. De fato, pesquisa da Associação dos Seguradores Ingleses apurou, no período 2004-2008, percentuais médios de 3% e 3,1% para essas variáveis na Inglaterra, respectivamente, portanto, 75% e 120% acima dos percentuais do Brasil em idêntico período”, analisa.
O especialista alerta, entretanto, para decorrências da atual crise financeira que podem gerar mais dívidas dos cidadãos e, por isso, resgatar um cenário de maior propensão às fraudes no Brasil.
“Pesquisa recente do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (IPEA), referente a julho de 2011, aferiu que, das famílias brasileiras, apenas 16% afirmaram que terão condições de quitá-las totalmente, 48% poderão quitá-las parcialmente e 35% não terão condições de pagá-las”, sustenta Faria, reforçando que o alto endividamento é um fator relevante na explicação econômica dos golpes contra o mercado de seguros.
Fonte: CQCS
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