Durante
uma atividade física, a pressão sanguínea sobe a níveis extremos e pode ser
prejudicial para pessoas hipertensas ou hipotensas. Os sintomas das duas
patologias são bem parecidos e podem ser confundidos facilmente, por isso
atrever-se a prestar socorro pode ser uma má ideia.
De
acordo com o fisiologista e professor da Unifesp (Universidade Federal de São
Paulo), Dr. Paulo Roberto Correia, o corpo humano trabalha sempre para se manter
em equilíbrio. “Quando a pessoa corre, por exemplo, gera processos
inflamatórios que o corpo irá curar. Além disso, depois que o problema foi
resolvido, o organismo também irá deixar o local um pouco mais resistente para
que a inflamação não volte a acontecer”, conta.
Por
isso, por mais que os níveis de pressão sanguínea aumentem na hora da prova, um
corpo saudável conseguirá se manter estável. “Por isso quem não está acostumado
com a atividade física irá sofrer bem mais”, ressalta.
Segundo
o médico, a pressão baixa já indica que algo está errado no organismo do
corredor. “Hipotensão não é algo normal e não deve ser tratado desta forma. É
necessário que um médico investigue as causas dessa ação do organismo”, indica.
O
exame necessário para diagnosticar as oscilações de pressão e outras anomalias
do sistema cardiovascular é o eletrocardiograma com esforço, em que a pessoa é
monitorada enquanto é submetida a uma corrida na esteira.
Hipotenso
- Os principais sintomas dos corredores com pressão baixa são enjôos,
sonolência e tontura. “Os hipotensos não sofrem muito na hora do treino, mas
sim no momento em que param de correr, pois a pressão sanguínea já é baixa e o
corpo interpreta que existe pouco sangue na cabeça, por isso fará o indivíduo
deitar”, explica o médico.
Apesar
da sensação de fraqueza, muitas vezes seguida de desmaios, o resultado dos
primeiros socorros vem rápido. “Colocar as pernas para cima e tomar um pouco de
isotônico já é o suficiente para fazer com que a pessoa melhore”, discorre o
professor.
Hipertenso
- Lidar com corredores hipertensos é mais difícil e arriscado, pois a doença é
tratada com remédios e pode causar problemas graves. “Pessoas já
diagnosticadas, mas que não têm uma alimentação controlada e não tomam o
medicamento adequadamente, não podem iniciar um treino sem avaliação médica.
Ela corre o risco de enfartar ou ter um acidente vascular encefálico (AVE),
muito comum, que ocorre quando veias que percorrem a cabeça se rompem devido ao
fluxo sanguíneo”, enumera o fisiologista.
A
diferença dos corredores com pressão alta para os com pressão baixa são as
dores de cabeça, pressão nos olhos e a sensação de confusão mental. “A primeira
coisa a fazer é levar a pessoa para o centro de atendimento médico, onde ela
deverá ficar sentada e receber a medicação adequada”, ensina Paulo Roberto.
Antigamente
fazia-se muito a sangria, ato de tirar sangue do corpo para diminuir os efeitos
da pressão alta, prática que já não é necessária graças ao avanço da medicina.
“Porém, caso o atleta esteja em uma prova de trilha, sem acesso à posto médico,
e a hipertensão for confirmada, a sangria continua sendo um recurso, pois a
pressão sanguínea pode gerar um problema sério”, completa o fisiologista.
Em
ambos os casos, a indicação do médico é que a pessoa seja encaminhada
imediatamente para o atendimento. “Esportistas que se alimentam mal no dia da
corrida ou diabéticos podem sofrer com os mesmos sintomas. Por isso, atender
alguém por conta própria para tentar ajudá-la pode prejudicar ainda mais a
saúde do competidor”, finaliza.
Fonte: WebRun
Eu já tive alguns picos de pressão alta! Depois que diminui o sal, perdi uns quilinhos e comecei correr, sarei!
ResponderExcluirEsse post esclarece muitas duvidas!
Abraço
Vanessa
www.nossodiariodetreino.wordpress.com
Parabéns pela postagem, fica o alerta para as pessoas hipotensos e hipertensos se cuidarem.
ResponderExcluirUm abraço e bons treinos !!!
Fernando Moura
www.vivendoavidacorrendo.blogspot.com.br